quinta-feira, 20 de maio de 2010
do mocinho ao bandido
Hoje somos muito mais exigentes. Procuramos um homem com qualidades que encontraríamos num Dom Juan e num Clark Kent com óculos de grau... tudo junto. Ele é quase o vilão das historinhas, mas ao contrário daqueles, é apaixonado pela mocinha. Um clássico western invertido. Homem bonzinho que respeita demais, que ama demais, que declara demais, é chato demais. O que avassala o nosso coraçãozinho é o olhar 43 no qual nos sentimos desejadas e aquele sorriso de canto de boca que nasceu com o dom de ser cafajeste. 'Ele não pode ser bonzinho demais. No começo ele tem que saber o que está fazendo mesmo. Depois, um "q" de preocupação: mensagenzinhas de madrugada, convites para sair no final de semana... Nada de romantismo demais.' - Dizem.
E sabe de uma coisa?
Concordo! Tá na hora de quebrar tabus e edificar desejos. Nossos pais lutaram pela liberdade de ser o que se quer ser. Cabe a nós, mulheres, tomar o partido e usufruir dessa liberdade. A pessoa com quem você vai passar o resto da vida pode estar em qualquer lugar, no mocinho, no bandido, ou nos dois!
Já disse Marta Medeiros: "O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa."
Falou e disse né?
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Calce esta ideia!
A minha vida inteira foi assim, desde pequena amava dentes, ficava horas perguntando a minha dentista, sempre tão paciente comigo, sobre o que era o que dentro daquele consultório. Era um parque de diversões. Nunca fui emburrada. A não ser que fosse para fazer flúor (aaaaaaaaargh, detesto isso até hoje - meus pacientes que me desculpem).
E desde que me entendo por gente, ou desde a barriga dançante de minha mãe (te amo), eu vivo e respiro uma sala de balé. Fiz de tudo que você pode pensar rápido neste momento. Balé, jazz, sapateado, street dance, moderno, conteporâneo, dança de salão. E dentro desses, ''n'' outras modalidades. Minha mãe era bailarina, professora formada. Tinha outro rumo a seguir? Nunca fui obrigada, ia com o maior gosto do mundo e sempre fui inchirida. Não é a toa que com 12 anos fazia parte do grupo de sapateado dos Adultos da Dallal Aschcar. E os professores sempre me deram a maior força. Nesse quesito sempre fui muito precoce. Queria o mundo do sapateado ao meu redor.
Algumas vezes entrei na contramão da arte. Fiz curso de passarela, fotografia, etiqueta, maquiagem. Mas sempre acabava naquele metro quadrado cheio de espelhos na parede, e barras vermelhas para combinar com o slogan da academia.
Por alguns acasos, não muito bem vindos ao momento, meu endereço da dança mudou. Começa então o universo da Studio Talento e Arte. Novos projetos, muitas mudanças. Mas foram anos maravilhosos. Como aprendi com aquelas pessoas maravilhosas. Tudo começou em 2004, mas pra mim tinha acabado em 2007. Tinha! Repito.
Agora, sem muito porque, fui levada a ter vontade de voltar. Sempre há tempo! Esse é meu tempo, minha hora. Nada naquele momento me impediu de enfrentar minha realidade. Pessoas não conseguiam me ligar e desviar meu caminho, minha mãe não argumentou quanto a nada, consegui falar com meu antigo partner e ele me deu a maior força para voltar. Tudo foi como o não esperado. Normalmente alguém me ligaria, ou eu receberia alguma mensagem que desviaria meu rumo. Porém o destino, mais uma vez, me ajudou e eu consegui infrentar meus medos quanto a essa volta.
Muitas pessoas me motivaram a isso esse mês que passou. Não irei citá-las, mas aqui vai meu muito obrigada! Sem a palavra e incentivo de vocês (e cada um que lê, sabe a quem agradeço) nada disso estaria acontecendo.
E foi assim que Rafaella, voltou a sapatear!
DO YOU TAP? I PLAY!
Myself
terça-feira, 18 de maio de 2010
Perdas e ganhos
Com isso, se perguntava constantemente sobre a prepotência de algumas pessoas, e mais que isso, o sentimento gerado ali.
Depois de muito tempo, já com os papéis invertidos, sentimentos jogados no lixo, revoltas vencidas e mais uma vez resolvida, foi embaraçada pelo motivo de todo problema existente. Mas ao contrário do nomal, não pensa em pagar o bem com o bem, muito menos o mal com o mal. Mesmo que recebendo incentivos para tal de todos os lados.
A guerra é uma característica da sociedade em que vivemos. Mas é interessante perceber que, incorporada a esse mecanismo, existe uma guerra dos sexos. Os homens fazem guerra uns com os outros fazendo uso da força física, da pouca racionalidade e guerreiam sempre buscando alguma recompensa ou prêmio. As mulheres, noutra vertente absolutamente oposta, se debruçam sobre uma forma de fazer guerra que, bom, é absolutamente diferente (tinha que ser...).
Mas como já foi dito, essa mulher que vive dentro de tantas emoções e crônicas pseudo-fictícias, não tem como seu forte guerrear. Mas sem sombra de dúvidas, assiste de camarote a todo ''jogo''.
Um jogo. Expectativa e realidade são como um jogo vicioso onde quem ganha é sempre o azar. Azar de quem espera sempre o máximo das pessoas e não reconhece sorte do mínimo gesto de retorno. De quem não sabe equilibrar perdas e ganhos. Azar de quem nasceu carente assim.
E antes que ela deixe tudo de lado achando que ''algumas pessoas simplesmente não importam'', esquece a saudade, finge independência e garante que intensidade continua sendo o melhor (e o pior) nela.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Sobre.viver o vício
Meu nome é Pedro e eu sou viciado em dopamina.
Essas coisas acontecem com a gente e nunca se sabe quando elas começaram realmente. Às vezes é você tentando escapar despretensioso de alguma coisa, tentando dar sentido ao que não pode ser explicado ou impelido pelo motivo razoável de querer alcançar um alívio, chegar a um porto seguro. No início até que é bom, mesmo quando é ruim. Tem coisas que são assim né? Boas, na alegria e na tristeza. Mas aí depois de um tempo (e com a idade) você começa a sentir nas rugas e na lista sem 'ok' de ano novo, os danos que aquilo está provocando na sua vida. Alguns, permanentes.
Você começa a se afastar das pessoas que te rodeiam porque, naturalmente, você não vibra mais igual a elas. Sabe imã quando não se junta? Então. Na realidade elas, as pessoas, é que se afastam de você porque não se interessam mais pelo que você é, apesar de gostarem de você. E aí você fica meio consternado mas o que se há de fazer né? Tudo muda. E é bom mudar.
Todo bom viciado não anda sem sua droga. Jamais. Ela está sempre junto de você por todos os dias de sua vida como fiel escudeira. Você só tem paz se tiver ela, mesmo que seja só por ter ela ali paradinha, sem fazer nada. A gente não usa sempre, até porque é difícil de conseguir. Então são uns momentos raros de paraíso deslocado na sua vida. Quem já provou, prova sempre. Tem uns que conseguem largar, mas ressecam. Ficam inertes sobre duas pernas andarilhas... até que experimente de novo. E tem uns que morrem, literalmente definham. Casos raros.
A primeira vez que eu usei dopamina foi há dois anos atrás. Aqueles verões que a gente não esquece, sabe como é? Que você guarda numa caixa surrada no fundo da gaveta e que ninguém mexe porque acha que nada de importante é guardado ali? Mas só a gente sabe o que significa. E a primeira vez é a primeira vez. Você nunca experimentou nada igual e julga, leviano, que nunca irá experimentar algo melhor. Se joga com dois pés e duas mãos no mundo novo que se descortina na sua frente. Porque a droga não vem sozinha. É um caminhão de mudança. De lá de dentro desce centenas de lugares que você nunca foi, gente que você nunca imaginou conhecer, sentimentos dos mais inéditos possíveis e o centro do mundo se desoloca, suave, para debaixo dos seus pés. Seu novo lema é viver o que há pra viver. A droga, no encalço. Sem ela não tem festa. Sem ela não tem nada na sua vida.
Quando o tempo passa, você começa a obedecer a ela e não o contrário. Nessas horas você realiza pro fato de que há efeitos colaterais. Vez ou outra o coração acelera e vem aquela sensação de que o sangue tá correndo no sentido contrário dentro de suas veias. As vezes você se pega viajando, noutro lugar, bestificado. Você perde a concentração, não sente vontade de fazer as coisas que costumava fazer... é um desastre pscicológico. Tudo é demais. Vento é furação, chuva é tempestade, poesia é regra e um sorriso consegue ser música.
E ai quando se chega neste estágio, duas coisas podem acontecer: você continua se drogando porque continua a ser alimentado, ou então é obrigado a parar. E, anote aí, parar com a dopamina é uma das coisas mais dolorosas que existem. Aquela dor que dói e nao se sente sabe? De dentro pra fora?
Quando você para com a droga, é como se alguém tivesse feito um buraco em você que não se sabe onde e tudo está vazando. Uma hora você esvazia. Fica vazio mesmo, meio zonzo, sem entender o que está acontecendo, o que é a vida, como se vive. Fato é que a dopamina que correu no seu sangue durante tantos dias te inebriou de tal forma que você não se lembra mais como é viver sem ela. Como é dormir com si próprio? É estranho, meio que faltando alguma coisa. Como é começar o dia sem a perspectiva de que vai sentir todas aquelas emoções e coisas boas? Nada?
"Oi, meu nome é Desespero e eu estou aqui pra ser seu amigo"
Pior é que nesse caminho que eu não sei se posso chamar de recuperação, você nunca está sóbrio realmente. Fica catando restos de doses esquecidas em algum lugar. Tentando sentir de novo aquela sensação. Mas tudo é muito débil. Isso, no entanto e para a felicidade geral, passa. Mas pra passar... depende de muita coisa.
Sou viciado em dopamina e não a uso faz dois anos. É difícil demais. Vou tentar ficar sóbrio pelos próximos, mas não prometo nada. É uma escolha difícil, mas que uma hora ou outra você teria que fazer. A gente chega tão fundo as vezes, que voltar pra superfície leva tanto tempo quanto o impossível leva pra ser alcançado. Na jornada de recuperar-se, aceite ajuda se alguém te oferece. Converse com pessoas diferentes, porque tudo o que você não precisa é de gente que você já conhece. Não pegue o mesmo insuportável caminho de sempre, permita-se à liberdade. Não espere, nunca. Se tem uma coisa que eu aprendi é que esperar por alguma coisa é o mesmo que impedir que ela apareça. É como água que demora duas horas pra ferver se a gente ficar olhando. Por hora, evite lugares e situações que te remetem à droga, pelo menos por enquanto. Uma hora você vai ter que enfrentar essas coisas e, torcemos, irá superá-las. E se superou, está pronto para usar dopamina novamente. Mas dessa vez cuide mais de você mesmo e não se vicie nessa coisa. Você sabe que tudo demais é veneno. Dito isto, não há mal nenhum em ser usuário da dopamina. Por favor, concorde.
Até porque ninguém vive sem amor, vive?
"Dopamina é um neurotransmissor, precursor natural da adrenalina e da noradrenalina. Tem como função a atividade estimulante do sistema nervoso central. É um composto químico comum no corpo humano. A presença de elevados níveis de dopamina parece ser uma característica dos apaixonados. O papel da dopamina é importante no mecanismo de desejo e recompensa e seus efeitos no cérebro são análogos aos da cocaína. É uma verdadeira droga de amor"
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Amigas

Uma delas, além de ter relação de salada comigo hahaha, me ensinou (forçadamente) a admirar Marilyn Monroe. Uma amizade de boas trocas a nossa. Graças à mim ela tem um gosto musical mais refinado e conhece outros lugares além de sua bela moradia. E graças à ela tenho uma alimentação mais saudável e sou menos seca, fria, chata (não! chata eu continuo sendo.. rs).
Não só ela. Tenho grandes amigas, e tenho percebido isso cada vez mais ultimamente. Conto nos dedos, mas são indispensáveis nos meus dias.
Outra, me acolhe com todo amor do mundo em qualquer situação do meu dia. Sendo feliz ou triste o que tenho a compartilhar. Lá está ela! Quase uma irmã. Quase não. A irmã que não tive.
Obrigada, amigas.
A última palavra
Essa palavra tem cruzado muito com meus olhos nos últimos dias. Nunca fui de apostar apenas nele. Não gosto da ideia de me limitar ao que algum acaso, momento ou ocasião podem me reservar, mas bem que andam calando muito minha boca. O pior de tudo é que eu não sou aquela pessoa que vive a sua vida e num belo fim de tarde pensa em amar alguma coisa. Ah não, não. Pra mim é viver o amor e aí depois lembrar que tenho que acordar cedo no dia seguinte. Mas não tem sido bem assim.
Todo mundo vive em função de alguma coisa na vida. Todo mundo tem um f de x. Tem gente que quando vai dormir faz uma lista das coisas que tem que fazer no dia seguinte. Gente que repassa o que estudou pra não esquecer. Pessoas que planejam o futuro que talvez nunca venham a ter ou, com sorte, terão. Há quem reze e lamente-se das mazelas do mundo e de si. Ou que apenas desabe em sono profundo, e sinto inveja.
Sem CALCULAR nem planejar muito, a vida acontece. E como acontece! Quando menos esperamos, e passa ou não. E repito, o destino tem me pregado peças. E às vezes o gosto amargo do que ficou, deixa claro que não passou. Like a "eu sei é um doce te amar, o amargo é querer-te pra mim" (os hermanos sempre marcando alguma situação da minha vida).
Com os anos, a gente acaba descobrindo que o que precisamos nem sempre é o que buscamos. E mais uma vez no nosso desejo de fazer da própria vida um filme recorde de bilheteria, passamos a desejar que aconteça conosco uma revolução, uma reviravolta típica das comédias românticas, que nos arranque da mesmisse ou das dificuldades. Desejamos, ainda que timidamente, encontrar alguém made for us ao dobrar a esquina, esbarrando sem querer. Ser percebido por alguém na hora em que paramos pra pensar, distraídos, numa quarta-feira qualquer.
O tempo ou qualquer combinação de circunstâncias e acontecimentos que influem de um modo inelutável (como dita o dicionário), mesmo que eu não queira, mechem e remechem comigo. Já dizia meu colega Mário Quintana:''o tempo é só o ponto de vista do relógio''. E disse bem, visto que dependendo do que a gente faz, o tempo estica ou corre alucinadamente.
Eu não lembro bem o que me fez escrever tudo isso, ou qual foi a última coisa que disse antes do ansejo da despedida, mas sei bem que a decisão não foi só minha, muito menos fui a última a falar. O incontestável é que todo mundo tem a última palavra na sua própria vida. Dita, cantada, proclamada, sentida, expressada por meio de gestos, desenhos ou doutrinas do Paulo Coelho. O seu trajeto e o que fica é você quem diz.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
O buchicho

“A banda não acabou. Embora pareça claro, também não posso deixar de perceber como assusta outra palavra que usamos na nota divulgada em nosso site: “indeterminado”. Não é infinito, é indeterminado.”
Só me cabe, então, achar graça das tantas vezes que nos “mataram” durante esse tempo, talvez pela incapacidade de distinguir o significado da frase acima. Posto isso, não sei como responder à pergunta que me fazem sem parar; porque “voltar” não é o que melhor descreve o que está para acontecer, muito embora, sob determinado ponto de vista, também não deixe de estar certo.
O que posso lhes dizer é que recebemos, sim, propostas para shows em duas cidades pelas quais temos enorme apreço, Recife e Salvador. Ao que me consta não está nada acertado ainda, mas o desejo da banda é, definitivamente, que se concretizem. Solicitamos apenas que as apresentações ocorressem em espaços menores do que de costume, em teatros quem sabe, porque consideramos esses nossos lugares preferidos para tocar, por serem mais adequados no que se refere à acústica. E pronto, isso é tudo que sei até o momento.
Assim que houver novidades, terei prazer em atualizá-los.
* MEU DEUS! Se for assim, não perderei por nada!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Negrito
Ela não quer ser simpática e nem amiga. Quer perder horas contestando e pedindo porquês para uma lista de coisas. Quer gritar, dizer que tudo foi culpa dele. Que ele, a razão dela ter parado de fumar, foi também a razão pra ter voltado. Que aquela simpatia toda era uma fraude. Que, óbvio, que ela queria que ele largasse tudo e ficasse com ela, como nos filmes.
Não quer, mas tem raiva. Uma raiva imatura. Quer amassá-lo e jogar fora na lixeira mais próxima, como um rascunho que nada serviu. Mas, ela ainda insiste em não ver ele ainda intocável na mesa dela, como uma folha nova, pronta pra ser escrita a qualquer momento.
O nome dele em negrito está lá novamente no email dela. Ela se angustia, mas já sabe que deve ser feito dessa vez. '
