sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Num passado remoto perdi meu controle


Me perdi
não sei por onde andar
não sei onde chegar

de um lado virtudes, esperanças, sonhos.
do outro prazeres, sensibilidades, desejos.

dei nome ao passado, divino.
eu não mais o vejo
mas está aqui em algum lugar, onde hei de achar.
o esqueci dentro de dúvidas.
santo erro que ainda cometo.

Solta a brisa, a melodia que marquei.
que me marcou!
ficou!

quase profano, tudo aquilo que deveras não sei.
fiquei estática, e o passo longo.
ao meu destino, as costas não virar-lhe-ei.
quando eu o achar
pode ser perfeito.

Rafaella Telles