segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Encruzilhadas sentimentais


Que canseira, Deus meu. Canseira da saudade de momentos e sentimentos loucos e contraditórios. Uniam-se lágrimas e risos sem esforço algum. É intemporal a sensação que me provocam. Tão forte!

Palavras, riscos e rabisco bebidos como água, saboreados nos detalhes que envolvem a minha realidade e aumentam o contraste das cores, o volume dos sons e o sabor dos ensejos. Extrapolaram a minha probabilidade de sorrisos e preencheram o predicado de tudo em que hoje eu sou sujeito. Cativaram calmaria para meu coração com a suavidade da voz e a lógica que me falta, mas sem conseguir esconder as palavras que chamam pelo meu corpo quando as horas passam a ser contadas e as boas lembranças usadas.

Nesse turbilhão todo há um destaque, o qual se propaga até chegar onde deve. E onde deve é no corpo inteiro, no corpo da alma, no corpo da mente. Mistura e pureza que interceptam o efémero. Nada tão sublime há de ser transitório.

Tantas palavras lindas ditas, recitadas, cantadas e coloridas. A qualquer instante quebrando a monocromática rotina, onde todas as verdades, as mais puras verdades, vêm à tona traduzidas em sons e tons variáveis que preenchem áreas d´alma jamais antes preenchidas. Não é um ponto final. É um ponto-parágrafo.

Rafaella Telles

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